No mercado da análise de sistemas, é muito comum que se vendam os mesmos tipos de sistemas para empresas com características distintas. O efeito disso é que, muitas vezes, os clientes têm que se adaptar a sistemas que não foram pensados para a realidade das suas empresas e, portanto, não atendem integralmente às suas necessidades.
Fugindo a essa lógica da produção em massa, Georg Arnold Schrage - consultor contratado para aperfeiçoar e personalizar sistemas no CREA-RJ - trabalha há 35 anos com a criação de ferramentas sob medida. "Trabalho assim porque não é o cliente que tem que se adaptar ao sistema. O sistema é que tem que adaptar ao cliente", afirma.
Medo de Perder o Emprego
É muito importante que os futuros usuários de um sistema sintam receio de serem demitidos por acreditarem que seus postos deixarão de existir com a otimização das tarefas. Por isso, muitos se fecham às novas rotinas. "Algumas vezes esse temor é infundado, mas noutras tem bases reais", explica Georg.
Por isso, é fundamental que as empresas trabalhem para que os seus colaboradores se sintam valorizados e seguros. O clima de "medo" pode comprometer o bom andamento das mudanças.
Resistência a Mudanças
"O ser humano é resistente a mudanças. Fascinado, mas ao mesmo tempo atemorizado pelo amanhã". diz o especialista. É fundamental munir os funcionários de todas as informações sobre as novas ferramentas. Essa atitude pode resolver boa parte dos problemas.
Ausência de Comando na Transição
No momento em que o novo sistema é implantado, é fundamental que haja um acompanhamento muito próprio por parte das chefias. Sem as lideranças estratégicas para relatar as necessidades da empresa e acompanhar o desenvolvimento das novas ferramentas, fica praticamente impossível fazer um ajuste fino, a principal características dos sistemas personalizados.
Falta Conhecimento em Computação
Sem conhecimento prévio de informática, os futuros usuários não poderão desfrutar das facilidades oferecidas pelo sistema. Treinamento e qualificação de pessoal não podem ser encarados como gasto, mas investimento.
Revista do CREA-RJ.
Novembro/Dezembro de 2010.
Tecnologia - Página nº 10
Reportagem: Nathália Ronfini
Georg Arnold Schrage
Postado por: João Carlos Paulino Paiva.
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